domingo, 30 de novembro de 2008

Nizan Guanaes


"Este texto que segue abaixo foi escrito por Nizan Guanaes, na condição de paraninfo de uma turma que se formava pela Faap (SP). Olhem só o que o publicitário escreveu... deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono da DM9, aquela dos bichinhos da Parmalat:
"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns.
Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro.
Ame seu ofício com todo o coração.
Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido, nem um grande canalha.

Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro.
Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro.

Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.
E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham porque são incapazes de sonhar.
E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no pacífico e um milionário texano.
O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: - Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.
E ela responde: - Eu também não, meu filho.
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.
Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens.
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio.
Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés.
Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer:
"eu não disse?? "eu sabia!!"
Chega dos poetas não publicados! Empresários de mesa de bar.
Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar.Porque não sabem trabalhar.
Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, dá vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam.
Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai endizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas = mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama sucesso."


Nizan Guanaes

domingo, 23 de novembro de 2008

Dostoiévski


O capitalismo tende a destruir as relações humanas, pois faz com que os homens concentrem-se mais em questões menores, materiais, do que as que realmente importam"

Dostoiévski.

domingo, 16 de novembro de 2008

A Situação Atual da Música Brasileira - E-MAIL


VEJA SÓ A SITUAÇÃO DA NOSSA MPB:

Cazuza e Renato Russo morreram de AIDS;

Chico Science morreu em um terrível acidente de carro;

Marcelo Yuka foi baleado e ficou sem o movimento das pernas e do braço esquerdo;

Hebert Vianna sofreu um acidente de ultraleve, perdeu a mulher e sofreudanos irreparáveis no cérebro;

Marcelo Fromer foi atropelado e morreu no hospital;

Cassia Eller nos deixou após um coquetel de drogas;

QUEM SERÁ O PRÓXIMO?

Ao longo dos anos, o abuso das drogas e do álcool nos tirou: Elvis Presley,Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Brian Jones, John Boham, KurtCobain, Bradley Nowell...

Outras fatalidades levaram Cliff Burton, Stevie Ray Vaughan, Jonh Lennon,Bob Marley, Rhandy Rhoad, Joe Ramone, Frank Sinatra, Fred Mercury, GeorgeHarrison, Marvin Gaye...

AGORA PARE E PENSE: QUANTOS PAGODEIROS, FUNKEIROS, FORROZEIROS OU AXEZEIROSMORRERAM?

O Beto Jamaica cheira o que o nariz agüenta e não morre, aquela praga;

Alexandre Pires enche o rabo de cachaça, sai a toda com o seu carro, matouum coitado no meio da rua, não morre e continua compondo aquelas merdas;

Xandy e Carla Perez, vão piorar ainda mais o futuro do mundo tendo outros filhos;

Netinho, do Negritude Junior tem voz de viado, rebola como viado, pareceviado e tem filho que nem coelho;

E o tal do Rodriguinho, o que ele quer com aquela viseira na cabeça?

E o Cumpadi Washington, tem a maior cara de pinguço de boteco da esquina,umpéssimo gosto para roupa, mas come a Sheila Carvalho.

E o pagodeiro Bello, metido com traficante e até encomendando míssilanti-aéreo...AONDE O MUNDO VAI PARAR!!

Se você passar essa mensagem para:

1 pessoa: Morre o Xandy, 2 pessoas: Morrem Xandy e Netinho, 3 pessoas: Morrem o Bonde do Tigrão, o cumpadi Washington, oXandy,Alexandre Pires e o Vavá, 10 pessoas: Morrem É o Tchan, Alexandre Pires, Vavá, Frank Aguiar,qualquernome "dos teclados", Kelly Key e o Xandy, 25 pessoas: Haverá um show de pagode/funk/axé no Iraque, em homenagem para oBin Laden, e ele para variar decide jogar o avião dos "artistas" em cima dacasa do Xandy.50 pessoas: a Sandy se transformará em uma porra-loca, sairá na Playboy,setornará stripper de uma boate em Copacabana e cobrará 10 mangos mais umacoxinha com Sukita pelo programa, e seu irmão, o Júnior, mudará de sexo, epassará a chamar Samanta, e o melhor de tudo: ficará mudo.

CASO VOCÊ NÃO PASSE ESSA MENSGEM PRA FRENTE, TODOS OS RÁDIOS A SUA VOLTATOCARÃO ETERNAMENTE: EGUINHA POCOTÓ, BABA BABY, MAIONESE, ETC.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O fetichismo na música e a regressão da audição

Resumo de Adorno - Os Pensadores


A música é a manifestação imediata do instinto humano, e por ela ocorre seu apaziguamento.
Como todas as artes, tem uma função disciplinadora que pode ser considerada um bem supremo, devido a sua abstração.
O valor da música atual é muito questionado no texto, pois o critério de julgamento é o fato de a canção de sucesso ser conhecida por todos, assim gostar de um disco de sucesso seria quase exatamente o mesmo que reconhecê-lo. Reconhecer significa concordar com as massas, o que não agrada todos, apesar de a grande parte não se importar muito com isso.
A música contemporânea ocidental não tem como foco principal entreter, ela contribui para o emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de comunicação.
Se ninguém é capaz de falar realmente, é obvio também que já ninguém é capaz de ouvir.
A base se molda no aspecto superficial, no “culto da personalidade”.
O prazer dos sentidos é usado como porta de entrada para a dimensão harmônica.
Na era do capitalismo, a autoridade ditatorial do sucesso comercial , o prazer de momento e da fachada de variedade desobrigam o ouvinte a pensar no todo, vão contra sua liberdade, que um dia já foi causa de seus princípios.
A canção da moda, e todas variantes da banalidade exercem sua influência desde o período inicial da burguesia.
O consumo da música ligeira sucumbe às necessidades objetivas daqueles que a consomem.
A liquidação do indivíduo constitui o sinal característico da nova época musical em que vivemos.
Existe um ciclo vicioso na música que se torna fatal:o mais conhecido é o mais famoso, e tem mais sucesso. Conseqüentemente, é gravado e ouvido sempre mais.
Nos dias de hoje, ter boa voz e ser cantor são recursos que não incomodam o vulgar apreciador materialista da música.
O conceito de fetichismo musical vende “valores”, sem que suas qualidades específicas sejam sequer compreendidas ou apreendidas pelo consumidor, o que evidencia a sua característica de mercadoria.
A musica contemporânea, sobretudo nos Estados Unidos, é utilizada como instrumento para a propaganda comercial de mercadorias que é preciso comprar para poder ouvir música.
A renúncia à individualidade que se amolda à regularidade rotineira daquilo que tem sucesso, bem como o fazer o que todos fazem, seguem-se do fato básico de que a produção padronizada dos bens de consumo oferece praticamente os mesmos produtos a todo cidadão.
Por outra parte, a necessidade, imposta pelas leis de mercado, de ocultar a tal equação conduz à manipulação do gosto e à aparência individual da cultura oficial, a qual forçosamente aumenta na proporção em que se agiganta o processo de liquidação do indivíduo.
O consumo torna as obras que sucumbem ao fetichismo depravadas, corrompidas.
Você tem a alternativa de entrar docilmente na engrenagem do maquinismo, ou seja, fingir que suporta essa idéia, mesmo que seja apenas diante do alto falante sábado à tarde ou aceitar essa pornografia musical, que é fabricada para satisfazer as supostas ou reais necessidades das massas.
A regressão da audição é outro fenômeno ocorrente, em oposição ao fetichismo.
Os ouvintes perdem com a liberdade de escolha e com a responsabilidade não somente a capacidade para um conhecimento consciente da música, mais negam a própria possibilidade de se chegar a um tal conhecimento.
Regressivo é, contudo, também o papel que desempenha a atual música de massas na psicologia de suas vítimas.
A propaganda é apregoada com idéias políticas, porém nada passa de um ditame tratando a música como se fossem mercadorias.
O modo de comportamento perceptivo, através do qual se prepara o esquecer e o rápido recordar da música de massa, é a desconcentração.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Essa vida não é senão uma página de um imenso livro, no qual nós sempre seremos quem somos. Mas sempre com pilares inerentes a busca ambiciosa. Uma busca que nos leva ao tédio cansativo da auto-reflexão e auto-aversão para criação de novos sonhos, de modelos de pensamento que não transpõem o insano ou a redenção de fracasso, mas nos quais nós participamos com o zelo da energia ambiciosa. Tornar conhecido o desconhecido.

Ramtha

domingo, 9 de novembro de 2008

Lema do Karatê

Dojo Kun é o código de honra do karateca. São os princípios estabelecidos para contribuir na formação moral do praticante.

1. “Esforçar-se para a formação do caráter”
O caráter de uma pessoa é aquilo que a distingue diante das outras: é aquilo que lhe é próprio.Nosso caráter é desenvolvido pela educação recebida dos pais, professores, pela cultura de nosso povo e pelos padrões de comportamento veiculados pelos meios de comunicação, que tão grande impacto têm exercido no desenvolvimento da pessoa humana. No entanto, nosso caráter, isto é, nossa propriedade, aquilo que nos define diante dos demais, pode ser desenvolvido não apenas como reflexo de uma educação externa, mas também com a nossa participação consciente.O Karatê é um processo de auto-conhecimento e de investimento no crescimento pessoal e, como tal, resulta em frutos que podem ser de grande valia para o indivíduo.
O “caminho do karatê” é o autoconhecimento, e você terá de estudá-lo com a maior seriedade desde o princípio. O Karateca deve sempre manter atitudes corretas. Utilizar as técnicas apenas como último recurso, como autodefesa, em causa nobre.O maior tesouro de um indivíduo é sua honra, e para ser uma pessoa respeitável, é preciso disciplina.Tente falar menos e ouvir mais, procure “aprender a aprender”.Nossa forma de encarar a vida determina nosso destino.Seja honesto, calmo, sereno, simpático, alegre, sábio, sincero e otimista.Um karateca de verdade mantém sua palavra, e honra seus compromissos.

2. “Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão”
Fidelidade tem dois significados: Em primeiro lugar, quer dizer que nós acreditamos em um determinado princípio. Em segundo lugar, significa que somos fiéis a esse princípio.Na realidade, o sentido da fidelidade só é encontrado naqueles que são fiéis, não naqueles que apenas afirmam que acreditam no princípio. Quanto à razão, afirma um grande pensador que ela é o maior bem distribuído entre os homens. Com ela é possível diferenciar as coisas e adquirir conhecimento. No entanto, ser dotado de razão não quer dizer que se vive de acordo com a razão: “não basta ter espírito bom, é necessário dirigí-lo bem”.O espírito do homem é rico em possibilidades, mas se for mal dirigido, acabará por negar a sua própria riqueza. A prática do Karatê nos proporciona o maior fruto do espírito: “o equilíbrio”.
O verdadeiro caminho da razão é sempre fazer e desejar às outras pessoas o que gostaria que também fizessem a você.O Karateca deve ignorar o que não é bom, e adotar o bom.Sem que percebamos, a lei da ação e reação determina nossa vida: tudo o que fizer ou pensar, voltará para você como experiência. Talvez de uma maneira diferente, mas voltará. Seja a recompensa, o amor, a felicidade, o castigo, o ódio ou a desgraça.São nossas ações e pensamentos que atraem os acontecimentos, para o bem ou para o mal.

3. “Criar o espírito de esforço”
Quando vemos uma pessoa apresentando esforço no rosto, ou algum movimento do corpo, podemos ir mais além e verificar que o esforço, na realidade, não está no corpo, mas no sentimento interior, no espírito e no pensamento das pessoas.Uma pessoa que alimenta idéias de persistência e de otimismo é alguém que desenvolve o espírito de esforço. Esse espírito pode ser visto, por outro lado, em rostos e corpos que não aparentem o menor movimento, porque o espírito tranqüilo gera energias, enquanto o espírito exaltado e agitado as consome.No Karatê, aprende-se a lidar na vida com calma, porém com firmeza, e é nisto que consiste o espírito de esforço: não no esgotamento da força mas, no estágio mais desenvolvido de nosso espírito, na sua conservação e na geração de serenidade e de tranqüilidade.Onde há esforços não há violência. Este esforço pode ser traduzido na sentença de Funakoshi: “Nós não aprendemos para lutar, nós lutamos, isto é, nos esforçamos, para aprender”. O espírito de esforço é a força do espírito.
O intuito de esforço e persistência nos mostra que tudo é possível. Você precisa acreditar que, se outros podem, você também pode.Se você tem um sonho, não importa o tamanho dele, ele pode ser alcançado.Precisamos nos esforçar da maneira correta e persistir muito, a ponto de nunca desistir diante dos obstáculos.A principal diferença entre as pessoas de sucesso e as que sempre fracassam está na persistência: “Caia dez vezes, e levante-se onze”. Nunca desista, e será um vencedor!O sucesso não ocorre por acaso, existem razões bem mais sólidas do que a sorte para realizarmos os nossos sonhos.O grande segredo é sabermos exatamente “aquilo” que desejamos, então definimos metas e objetivos a serem executados; definimos um plano de ação.“Quem não sabe para onde vai, não chega a lugar nenhum”. Devemos sempre escrever nossos objetivos. Por exemplo: Em 2010 serei Faixa Preta de Karate (ou Campeão Mundial, Farei Faculdade, Terei minha casa própria, Serei saudável, Vou me casar, etc.).Agora, devemos colocar a imaginação para funcionar; A imaginação aliada à força de vontade chama-se fé. A fé é capaz de realizar qualquer feito, transformar qualquer sonho em realidade.Precisamos imaginar nosso objetivo já concretizado. Isto é ensinado há muitos anos pelos grandes mestres: Quando você decide ser ou ter algo, precisa ter certeza de que já conseguiu, antes mesmo de começar.Em um combate, vencerá aquele que estiver determinado a lutar totalmente: “Ouse fazer, e o poder lhe será dado”.

4. “Respeito acima de tudo”
Apesar dos Códigos legais imporem penas aos que desrespeitam seus semelhantes, eles não têm possibilidade de alcançar o interior das pessoas e influenciá-las, isto é tarefa dos educadores. O Karatê como atividade educativa, tem como princípio levar o indivíduo a perceber a si mesmo e o seu semelhante, não só isso mas, também, conscientizá-lo do valor do Respeito, não só ao semelhante, mas a si mesmo. O Respeito pelo outro não significa uma anulação do próprio ego e o respeito por si não quer dizer a anulação do outro.Uma pessoa pode desrespeitar a si mesma, adotando comportamentos agressivos para com seu próprio corpo, ou para com seu espírito: é sempre adequado indagar qual a finalidade das decisões que tomamos em relação ao nosso bem estar e ao nosso desfrute sadio da vida. Podemos evitar maus alimentos, más conversas, maus ambientes, más leituras e maus hábitos. Assim, estaremos conservando o respeito por nós mesmos.Por outro lado, uma pessoa pode também respeitar a seu próximo, não porque os Códigos Legais são punidores, mas porque todo ser humano tem um valor como pessoa e porque a “boa vontade” é uma virtude do espírito que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada. O Karatê é uma maneira de se chegar a ela e ao respeito. Desse ponto de vista, o Karatê apresenta uma grande utilidade para o desenvolvimento humano e a paz social e política, não só entre os cidadãos de um mesmo país, mas entre todos os homens e todos os países.
O Karatê começa e termina com cortesia. O respeito deve ser uma atitude contínua do estudante do Karatê. Do cumprimento dos lutadores, no início e final de uma luta, até as regras de etiqueta e convivência social. As boas maneiras são o melhor exemplo para todos, nenhuma palavra vale mais do que atitudes. O karateca deve manter o mesmo padrão de comportamento dentro e fora do Dojô.

5. “Conter o espírito de agressão”
Se por um lado, o espírito tranqüilo gera energias e serenidade, o espírito exaltado e agitado gera agressividade, contra a própria pessoa e contra os outros.O lutador de Karatê é ponderado e prudente. Ele aprende que os “Katás” começam com defesas e que no Karatê não há golpes de agressão. O principal objetivo da arte do Karatê não é o outro como alvo, mas a própria pessoa. Isto vai provocar uma caminhada para a consciência de si mesmo e para a superação de aspectos negativos do comportamento e da mente. Na realidade o Karatê é uma reeducação da mente e dos padrões de comportamento. Quando se diz : “Conter”, afirma-se que o homem é capaz de mudar os padrões de pensamentos agressivos em pensamentos de respeito e equilíbrio. A prática do Karatê vai aos poucos, modificando os padrões de pensamentos e substituindo os pensamentos de agressão por pensamentos de harmonia.
Os Katas iniciam sempre com defesas. Assim, o Karateca deve adotar a não-violência, sempre dominando sua agressividade. O bem e o mal existem, mas vencerá aquele que você mais alimentar. A paz está em seu interior, e vencer a si mesmo é mais difícil do que vencer os outros. Você precisa buscar o autoconhecimento: lendo livros, assistindo palestras, ouvindo CDs de relaxamento e praticando Zazen (meditação - esvaziar a mente). Somente o treinamento físico não é suficiente, pois se assim fosse, um praticante de qualquer outro esporte seria uma pessoa altamente desenvolvida espiritualmente. O karatê é um caminho, não o único, mas um dos melhores para a revelação interior, para transcender os dualismos. O treinamento físico é um meio de educação e disciplina, o caminho da paz.
Desejo sinceramente uma harmoniosa caminhada à todos.
OSS!
Carlos Camacho.

No Final da Aula de Karate Shotokan todos os alunos dizem em vóz alta em japonês os Regulamentos do Dojo o DOJUKUN.
Hitotsu. Ser humilde e delicado
Hitotsu. Treinar considerando a sua condição física
Hitotsu. Treinar com honestidade e com criatividade
Hitotsu. Ser sereno e ágil
Hitotsu. Manter a harmonia física e mental
Hitotsu. Viver uma vida plena
Hitotsu. Não ser demasiado orgulhoso ou humilde
Hitotsu. Procurar a essência do karaté através do treino continuo

sábado, 8 de novembro de 2008

Sexo alivia as tensões. Amor as causa.
(Woody Allen)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"MULHER É IGUAL MOEDA
OU É CARA... OU É COROA!!!"

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O que é a Zona Autônoma Temporária?

Resposta do Hakim Bey (retirada da entrevista indicada no último post):A Zona Autônoma Temporária é uma idéia que algumas pessoas acham que eu criei, mas eu não acho que tenha criado ela. Eu só acho que eu pus um nome esperto em algo que já estava acontecendo: a inevitável tendência dos indivíduos de se juntarem em grupos para buscarem liberdade. E não terem que esperar por ela até que chegue algum futuro utópico abstrato e pós-revolucionário. A questão é: como os indivíduos em grupos maximizam a liberdade sob as situações dos dias de hoje, no mundo real? Eu não estou perguntando como nós gostaríamos que o mundo fosse, nem naquilo em que nós estamos querendo transformar o mundo, mas o que podemos fazer aqui e agora. Quando falamos sobre uma Zona Autônoma Temporária, estamos falando em como um grupo, uma coagulação voluntária de pessoas afins não-hierarquizada, pode maximizar a liberdade por eles mesmos numa sociedade atual. Organização para a maximização de atividades prazeirosas sem controle de hierarquias opressivas.Existem pontos na vida de todos que as hierarquias opressivas invadem numa regularidade quase diária; você pode falar sobre educação compulsória, ou trabalho. Você é forçado a ganhar a vida, e o trabalho por si só é organizado como uma hierarquia opressiva. Então a maioria das pessoas, todos os dias, tem que tolerar a hierarquia opressiva do trabalho alienado.Por essa razão, criar uma Zona Autônoma Temporária significa fazer algo real sobre essas hierarquias reais e opressivas – não somente declarar nossa antipatia teórica a essas instituições. Você vê a diferença que eu coloco aqui?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

TAZ - The Temporary Autonomous Zone

Caminhos de Rato na Babilônia da Informação

A TAZ COMO UMA TÁTICA radical consciente emergirá sob certas condições:

l. Liberação psicológica. Isto é, nós devemos perceber (tornar reais) os momentos e espaços nos quais a liberdade não é apenas possível, mas existente. Devemos saber de que maneiras somos de fato oprimidos, e também de que maneiras nos auto-reprimimos ou estamos presos em fantasias onde idéias nos oprimem. O TRABALHO, por exemplo, é uma fonte muito mais real de sofrimento para a maioria de nós do que a política legislativa. A alienação é muito mais perigosa para nós do que as velhas ideologias desdentadas e moribundas. O vício mental em "ideais" - que na realidade tornaram-se meras projeções do nosso ressentimento e do nosso complexo de vítima - nunca levará nosso projeto adiante. A TAZ não defende uma utopia social feita de castelos nas nuvens que diz que devemos sacrificar nossas vidas para que os filhos de nossos filhos possam respirar um pouco de ar livre. A TAZ deve ser o cenário da nossa autonomia presente, mas só pode existir seja nos considerarmos seres livres.

2. A contra-net deve se expandir. Atualmente, ela representa mais abstração do que realidade. Zines e BBS trocam informações, o que é parte do fundamento necessário para a TAZ, mas pouco dessas informações lidam com os bens concretos e os serviços necessários para a vida autônoma. Não vivemos no ciberespaço; sonhar que o fazemos é perder-se na cibergnose, na falsa transcendência do corpo. A TAZ é um lugar físico, no qual estamos ou não estamos. Todos os sentidos estão, necessariamente, presentes. De certa maneira, a web é um novo sentido, mas que deve ser adicionado aos outros; e os outros não podem ser subtraídos da web, como em uma terrível paródia do transe místico. Sem a web, a completa realização do complexo da TAZ não será possível. Mas a web não é um fim em si mesma. É uma arma.

3. O aparato de controle - o "Estado" - deve (ou pelo menos assim devemos pressupor) continuar a desfazer-se e petrificar-sesimultaneamente, deve prosseguir em seu curso atual, onde a rigidez histérica cada vez mais mascara um vazio, um abismo de poder. Como o poder "desaparece", nossa ânsia de poder deve ser o desaparecimento.
Já lidamos com a questão que discute se a TAZ pode ou não pode ser considerada "meramente" uma obra de arte. Mas as pessoas vão querer saber também se a TAZ é mais do que um pobre caminho de rato no meio de uma Babilônia da informação, talvez um labirinto de túneis, cada vez mais bem conectados entre si, porém voltados unicamente ao beco-sem-saída econômico do parasitismo pirata? Responderei que prefiro ser um rato num buraco de parede do que um rato na gaiola, mas insisto em dizer que a TAZ transcende essas categorias.
Um mundo onde a TAZ consiga deitar raízes pode se assemelhar ao mundo imaginado por "P.M" em sua novela fantástica bolo’bolo. Talvez a TAZ seja um "proto-bolo". Já que a TAZ existe agora, ela significa muito mais do que uma mundanidade negativa ou um escapismo contracultural. Mencionamos o aspecto festivo do momento descontrolado, e que se concentra numa espontânea, ainda que breve, auto-organização. Ele é "epifânico": uma experiência de pico, tanto em nível social quanto individual.
A liberação é percebida durante o esforço: essa é a essência da "auto-superação" nietzscheana. Essa tese pode também tomar como símbolo o andarilho de Nietzsche. Ele é o precursor do vagar a esmo, no sentido dado pelo situacionismo para a dérive e da definição de Lyotard para driftwork. Podemos antever uma geografia completamente nova, um tipo de mapa de peregrinação no qual os lugares sagrados são substituídos por experiências de pico e TAZ: uma ciência real de psicotopografia, para serchamada talvez de "geo-autonomia" ou "anarcomancia".
A TAZ pressupõe um certo tipo de ferocidade, uma evolução da domesticidade para a selvageria, um "retorno", e ao mesmo tempo um passo adiante. Ela também demanda uma "ioga" do caos, um projeto de ordens "mais elevadas" (de consciência ou, simples-mente, de vida) das quais uma pessoa se aproxima "surfando na crista da onda do caos", do dinamismo complexo. A TAZ é uma arte de viver em contínua elevação, selvagem, mas gentil - um sedutor, não um estuprador, mais um contrabandista do que um pirata sanguinário, um dançarino e não um escatológico.
Vamos admitir que temos frequentado festas onde, por uma breve noite, realizamos um império inteiro de desejos gratifícantes. Não devemos confessar que a política daquela noite tem mais realidade e força para nós do que, digamos, todo o governo dos Estados Unidos? Algumas das "festas" que mencionamos duraram dois ou três anos. Isto é algo que vale a pena imaginar, para o qual vale a pena lutar? Estudemos invisibilidade, conexões na web, nomadismo psíquico, e quem sabe o que poderemos atingir?
Equinócio de Primavera, 1990

terça-feira, 4 de novembro de 2008

e ai galera!!

esse blog serve para expor alguns textos,meus e de outras pessoas, frases, pensamentos, sobre os mais diversos assuntos, que considero importantes para aumentar nossa visão de mundo, expandir idéias e mudar alguns paradigmas!
à final “A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original.”- já dizia Einstein..

Conhecimento é liberdade!!!

valew
abraços